André de Leones nasceu em 1980, em Goiânia, capital do estado de Goiás, no centro-oeste do Brasil. Cresceu em Silvânia, uma cidadezinha fundada a meados do século XVIII, quando os paulistas se espalharam como uma metástase no interior do país procurando ouro.
Estudou num colégio católico (tem três em Silvânia) e de menino se contagiou do hábito da leitura através de sua mãe, uma bancária que lia Sidney Sheldon e Dostoievsky como forma de esquecer uma rotina extenuante.
Começou escrevendo alguns contos e depois projetou um texto maior sobre como crescer naquele povoado obscurecido pela religião e um alto índice de suicídio. Era sua primeira novela, Hoje está um dia morto. O livro ganhou o premio SESC de Literatura e foi publicado em 2006. Os contos seriam publicados mais tarde, em 2008, reunidos sob o título Paz na terra entre os monstros.
Com dois livros publicados, fez o que qualquer jovem com vontade de histórias para viver e escrever faria: se perdeu pelo mundo. Viveu dois anos na Cidade de Paranaguá, no litoral sul do Brasil, depois passou seis meses em Israel e, finalmente, cansado de tanta agitação, fixou residência na tranquilíssima cidade de São Paulo.
Durante esse tempo escreveu e publicou três novelas mais: Como desaparecer completamente, lançada em 2010, que foi a maneira que encontrou de se familiarizar com São Paulo; Dentes negros, de 2011, um reencontro doloroso com sua terra natal camuflado de ciência ficção pós-apocalíptica; e Terra de casas vazias, de 2013, um emaranhado de histórias sobre pessoas que tentam se recompor num mundo desagregado e cuja estrutura imita o desenho urbano da Velha Jerusalém (cidade em que se ambienta parte da novela).
Mora e trabalha em São Paulo. É Bacharel em Filosofia. Colabora eventualmente com o diário O Estado de São Paulo escrevendo sobre literatura. Mantém uma página pessoal (vicentemiguel. wordpress.com) na que publica fragmentos de suas novelas, contos inéditos, textos que insiste em chamar poemas e rascunhos. |